
Em greve, professores da UNEB realizam ato em defesa da universidade estadual
Mobilização ocorre nesta segunda-feira (30), em Salvador, no campus I da UNEB, Cabula

Os professores da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), que estão em greve, realizam um ato estadual em defesa da instituição nesta segunda-feira (30), às 8h, na entrada do campus I, em Salvador, no bairro do Cabula.
A manifestação contará com a participação de docentes tanto da capital quanto do interior do estado.
Esta é a primeira grande mobilização desde o início da greve, na última sexta-feira (27). Antes do ato, a categoria promove o “Café com a Greve”, reforçando a união e a disposição para lutar por seus direitos.
Professores utilizarão carro de som, panfletos, faixas e bandeiras para informar à população sobre a importância da universidade pública e denunciar o descaso do governo estadual, que não tem garantido direitos básicos aos servidores, além de apontar a precarização das condições de trabalho e da educação.
Reivindicações
Entre as principais reivindicações, mais de 160 professores da UNEB tiveram suas promoções bloqueadas pela Secretaria da Administração do Estado da Bahia (SAEB). Além disso, diversos docentes que trabalham em condições insalubres não estão recebendo adicionais de insalubridade, apesar de continuarem a exercer suas funções em laboratórios e outros ambientes com risco à saúde.
Os professores também exigem o aumento do repasse orçamentário para a universidade, passando dos atuais 5% da Receita Líquida de Impostos para 7%. Além disso, criticam a interferência do governo na autonomia universitária, que deveria garantir a gestão acadêmica, administrativa e orçamentária, como previsto na Constituição Federal.
Outro ponto de insatisfação é a proposta de recomposição salarial apresentada pelo governo na última mesa de negociação, que ofereceu um aumento de 4,94%, dividido entre os anos de 2025 e 2026, o que é considerado insuficiente. De acordo com cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a defasagem salarial dos docentes chega a 35% devido à falta de recomposição inflacionária desde 2015.
Assembleia geral
Ainda na segunda-feira (30), às 13h30, no Teatro do campus I, Cabula, os professores realizarão uma assembleia geral para discutir a proposta do Comando de Greve que será apresentada ao governo na reunião agendada para o dia 2 de outubro. A reunião será precedida por uma avaliação do movimento grevista.