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Redação 04 de Dezembro, 2024
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Jerônimo defende BYD após caso de mau trato a trabalhadores

Bahia
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Redação 04 de Dezembro, 2024

Governador disse que confia na empresa

Após a notícia de que o Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga as condições de trabalho e denúncias de maus-tratos na obra da fábrica da montadora BYD em Camaçari, o governador Jerônimo Rodrigues defendeu a empresa.

”Eu confio na BYD. Conversamos ontem, atitudes estão sendo tomadas sobre o que foi denunciado”, disse.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) instaurou um inquérito para investigar as condições de trabalho dos operários nas obras de construção da fábrica da BYD, montadora chinesa de carros elétricos, que será instalada em Camaçari. Após a denúncia, a empresa determinou a demissão dos funcionários acusados de má conduta e proibiu sua entrada na unidade

Na manhã da última segunda-feira (2), Jerônimo participou de um evento na planta o lado do ex-governador e ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Ele disse para a presidente da BYD para Europa e Américas, Stella Li, que a empresa pode contar com o apoio dos governos federal, estadual e municipal – o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rodrigues e Luiz Caetano, prefeito eleito de Camaçari, são do Partido dos Trabalhadores (PT).

“Nós somos um governador e um presidente de classe operária, uma classe rural, oriundos de famílias pobres que sabem muito bem o que significam boas condições de trabalho”, disse Rodrigues.

O caso

O Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia abriu na última quinta-feira (28) um inquérito para investigar as condições de saúde e segurança dos funcionários da planta da BYD, empresa de carros elétricos chineses, em Camaçari.

Relatos de violência física também chegaram ao procurador responsável pelo caso, Bernardo Guimarães.

Os relatos de violência física e condições de trabalho sub-humanas foram revelados em reportagem da Agência Pública.

Segundo a publicação, operários chineses enfrentam jornadas de até 12 horas diárias, de domingo a domingo, sem equipamentos de proteção individual adequados. Há registros de trabalhadores bebendo diretamente de poças, devido à falta de acesso a água.