Serviço Geológico do Brasil leiloa depósito de diamantes em Santo Inácio
O depósito possui 245 milhões de toneladas de diamantíferos
O Serviço Geológico do Brasil (SGB), vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME), realizará no dia 27 de novembro, a partir das 9h, o leilão do Depósito de Diamantes Santo Inácio, localizado na Chapada Diamantina, Bahia. O evento será conduzido na sala Plenária da Agência Nacional de Mineração (ANM), em Brasília, com apoio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República.
Segundo Valdir Silveira, diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB, o projeto representa uma oportunidade de negócio promissora em uma região tradicionalmente diamantífera. “O depósito de Santo Inácio agrega valor ao território pela avaliação detalhada dos recursos e pelas parcerias estratégicas que devem atrair investimentos iniciais”, afirma.
O depósito possui cinco áreas de mineração, somando 2.400 hectares, ou o equivalente a 3.429 campos de futebol, e apresenta uma reserva de 1,8 milhão de quilates de diamantes, com teor de 0,58 quilate por tonelada (cpht). Podem participar do leilão empresas brasileiras e estrangeiras, entidades de previdência complementar e fundos de investimento, isoladamente ou em consórcio. A formalização ocorrerá com a assinatura do contrato de Promessa de Cessão de Direitos Minerários.
A iniciativa busca desenvolver o setor mineral no Brasil, trazendo investimentos para o município e para a economia nacional. O SGB destaca que informações detalhadas sobre os ativos minerários estão disponíveis no site da instituição.
Em junho, o leilão de ativos minerários resultou na concessão de dois projetos: o Projeto Agrominerais de Aveiro, no Pará, e o Projeto Fosfato de Miriri, em Pernambuco e na Paraíba. O primeiro, que envolve gipsita e calcário com aplicações na agricultura, foi arrematado pela Gesso Integral Ltda. Já o segundo, com potencial para extração de até 114 milhões de toneladas de fosfato, foi concedido à Elephant Mineração e inclui investimentos em pesquisas de R$ 2 milhões.
Esses projetos refletem a importância da mineração para a agricultura brasileira, especialmente em insumos como calcário e fosfato, fundamentais para a produção de fertilizantes e para a produtividade agrícola nacional.
Com informações do gov.br.