
“Ainda bem que a Boeing teve um desastre e não quis”, diz Lula sobre antiga negociação com a Embraer
Presidente também disse que o processo de recuperação do Rio Grande do Sul é uma oportunidade para fazer com que a economia brasileira cresça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta segunda-feira (20) sobre o otimismo na economia brasileiro. Durante o discurso, o petista falou sobre a Embraer e sobre o motivo da Boeing, concorrente da brasileira, ter desistido de comprá-la. As informações são da Folha de S.Paulo.
“Outro dia a Embraer era uma empresa quase quebrada, foi vedada pela Boeing (sic). Ainda bem que a Boeing teve um desastre e não quis mais a Infraero [na verdade, a Embraer]. Ela agora voltou a ser uma coqueluche no mundo da aviação”, afirmou.
Ainda na fala, o presidente da República disse que o processo de recuperação do Rio Grande do Sul, que enfrenta uma tragédia climática, é uma oportunidade para fazer com que a economia brasileira cresça ainda mais e sugeriu, a criação de um fundo internacional para que “pessoas poluidoras” possam contribuir na reconstrução do estado.
“Aí acontece esse desastre no Rio Grande do Sul. Em vez de a gente ficar lamentando, tem que ir para cima e tentar dizer que nós vamos recuperar o RS, que não vão faltar recursos para a gente ajudar o RS, que quem sabe o [presidente do BNDES] Aloizio Mercadante, ou um outro banco qualquer, propõe a criação de um fundo internacional para que as pessoas que poluem o planeta deem dinheiro para a gente ajudar a recuperar o RS”, afirmou, durante reunião com empresários do setor do aço para anúncio de medidas de apoio ao estado.
Os empresários anunciaram R$ 100 bilhões em investimentos, como contrapartida à decisão do governo do mês passado de elevar para 25% a alíquota de importação do produto.
Ao citar a tragédia climática do RS, o presidente afirmou que o momento parece uma oportunidade que se abre para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
“A recuperação do Rio Grande do Sul é a possibilidade de fazer nossa economia crescer mais ainda. Se a natureza está revoltada conosco e fez isso, nós temos que tentar fazer diagnóstico, fazer a coisa certa. É disso que o Brasil está precisando, de exemplo de coisa certa a ser feita”, completou.