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Redação 05 de Novembro, 2025
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Bahia: escritoras infantis transformam literatura em ferramenta de consciência ambiental às vésperas da COP30

Brasil
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Redação 05 de Novembro, 2025

Com a COP30 se aproximando — marcada para novembro, em Belém (PA) —, a pauta ambiental ganha novas formas de expressão além das conferências e debates globais. Na Bahia, escritoras de literatura infantil estão levando o tema às salas de aula, às praças e às estantes das crianças, por meio de histórias que unem encantamento e conscientização ecológica desde a infância.

As autoras Carla Chastinet, Emile Lima e Joelma Estela Queiroz, agenciadas pelo Studio Palma, transformam temas como biodiversidade, diversidade e sustentabilidade em narrativas acessíveis e cheias de imaginação. Por meio de personagens curiosos, rios falantes e florestas vivas, as escritoras ajudam a construir uma geração mais conectada à natureza e consciente da importância da preservação ambiental.

A bióloga que escuta histórias dos bichos

Bióloga, contadora de histórias e também a palhaça Coça-Coça, Carla Chastinet soma dez livros publicados. Em “O Rio que Sentia Cócegas”, ela trata da recuperação dos rios urbanos de maneira divertida; já em “Um Mergulho Muito Curioso”, convida as crianças a explorar o ambiente marinho. “Ser bióloga me deu a oportunidade de escutar histórias dos bichos. Acredito que os livros são uma oportunidade para abrir diálogos necessários”, afirma Carla.

A floresta como espelho da alma

Psicóloga e pedagoga, Emile Lima mescla literatura e saúde emocional em suas obras. Autora de “Sari na Sapiranga”, ela apresenta um sariguê que aprende, entre rios e árvores, sobre paciência, autoconhecimento e convivência. “Quando observo a floresta, vejo refletida a complexidade da alma humana — especialmente a das crianças”, diz a escritora.

A pedagoga que transforma lendas em lições de preservação

Também pedagoga e neuropsicopedagoga, Joelma Estela Queiroz é autora de “O Renascer da Floresta”, obra que une diversidade, ancestralidade e meio ambiente. Na trama, a indígena Teça, nascida com surdez, e animais como a onça-pintada e o curupira defendem a floresta de ameaças. “A história inspira os leitores mirins a se tornarem guardiões da natureza”, afirma Joelma, que já tem sete livros publicados. Em “Salvador na Fobica Voadora”, a autora apresenta os parques metropolitanos da capital baiana como espaços de aprendizado e preservação.

A literatura como semente de transformação

Com linguagem lúdica, ilustrações vibrantes e personagens que despertam empatia, as obras dessas autoras baianas abordam temas como o respeito à natureza, o ciclo da água, o descarte correto do lixo e a importância da convivência harmônica entre seres humanos e o meio ambiente. Os livros “Um Mergulho Muito Curioso”, “Sari na Sapiranga” e “O Renascer da Floresta” estão disponíveis em livrarias, na Amazon e nos perfis das autoras nas redes sociais.