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Redação 16 de Outubro, 2025
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Casos de envenenamento criminoso atingem recorde no Brasil e aumentam 9% em 2025

Brasil
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Redação 16 de Outubro, 2025

O número de ocorrências de envenenamento criminoso no Brasil alcançou o maior patamar já registrado, segundo dados do Ministério da Saúde. No primeiro semestre de 2025, foram contabilizadas 560 vítimas e 15 mortes, representando um aumento de 9% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando houve 513 casos.

O episódio mais recente e de maior repercussão envolve a universitária Ana Paula Veloso Fernandes, investigada pela Polícia Civil de São Paulo sob suspeita de ser uma possível serial killer. As autoridades acreditam que ela tenha sido responsável pela morte de quatro pessoas nos últimos cinco meses, utilizando veneno para ratos, conhecido como chumbinho.

De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), os medicamentos lideram as causas de envenenamento no país, com 300 registros em 2025. Em seguida aparecem os raticidas, responsáveis por 38 notificações.

Desde 2007, o Brasil já registrou 11.630 vítimas e 220 mortes por envenenamento criminoso. Embora o número de ocorrências tenha quase dobrado na última década, a quantidade de óbitos segue relativamente estável — foram 18 em 2015 e 19 em 2024.

A Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) aponta que o país apresenta uma média de 28 internações mensais decorrentes desse tipo de crime. A entidade destaca ainda a necessidade de ampliar a disponibilidade de antídotos nas unidades de saúde e reforçar a notificação dos casos ao Sinan, medida essencial para orientar ações de prevenção.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que a responsabilidade por políticas e ações de combate ao envenenamento criminoso é do Ministério da Justiça. A pasta acrescentou que o Sistema de Alerta Rápido (SAR) pode ser acionado para monitorar aumentos significativos nos registros e emitir alertas sobre possíveis riscos à saúde pública.