Cirurgia feita por Bolsonaro tem risco elevado, segundo estudo internacional
O ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi submetido a uma cirurgia intestinal no último domingo (13), segue se recuperando no hospital, mas ainda sem previsão de alta. Esta é a sexta cirurgia realizada após ele ter sido atingido por uma facada durante a campanha eleitoral de 2018.
Um estudo publicado pela Revista Internacional de Cirurgia, em 2016, revelou que existe a possibilidade de complicações graves em pacientes submetidos a esse tipo de procedimento cirúrgico, podendo, em alguns casos, ser fatais.
Segundo a pesquisa, os sintomas se agravam conforme a idade e o sexo dos pacientes, sendo identificado que mulheres com mais de 65 anos apresentavam maior probabilidade de morrer após uma cirurgia de obstrução intestinal.
Além disso, mesmo entre os pacientes que sobreviveram à cirurgia, cerca de 28% apresentaram complicações graves dentro de um mês após o procedimento.
O estudo analisou aproximadamente 300 pessoas submetidas a cirurgias de emergência para obstrução do intestino delgado e constatou que a taxa de mortalidade em até 30 dias após a cirurgia foi de cerca de 13%, enquanto a taxa de mortalidade após 90 dias foi de aproximadamente 17%.
De acordo com o último boletim médico sobre o estado de saúde de Bolsonaro, divulgado na quarta-feira (16), ele apresenta boa evolução clínica, sem dor ou sangramentos, mas ainda não há previsão de alta.