
Diretor-geral da PF afirma que não há confirmação de ligação do crime organizado com adulteração de bebidas

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (22), que ainda não há confirmação de envolvimento do crime organizado no esquema de adulteração de bebidas alcoólicas com metanol. O agente ressaltou que apenas o relatório final do inquérito poderá apontar se há envolvimento de organizações criminosas no caso.
“Desde o princípio, o que nós sempre dissemos é que a investigação é que vai dizer se há ou não relação com o crime organizado ou se é uma questão muito pontual. No estágio em que estamos hoje – com a coleta de material e a realização de perícias, é o inquérito policial que vai indicar o resultado”, disse Rodrigues ao Congresso em Foco.
O diretor ressaltou que é cedo para qualquer conclusão e que não seria prudente antecipar resultados antes da análise completa das provas. “É o tempo da investigação. Eu não posso jamais antecipar o que a equipe vai concluir, porque a apuração tem seu tempo próprio, envolve medidas que precisam ser adotadas, e só o relatório final vai apresentar as conclusões e resultados”, disse.
Rodrigues também comentou que não há previsão para a conclusão das investigações, mas acredita que o esquema foi descontinuado após operações conjuntas da PF e do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
“Nós fizemos duas grandes operações, junto com outra do MPSP, que descontinuou de fato uma rede criminosa na cadeia de combustíveis. Entendemos que esse grupo vai ser neutralizado. Agora é preciso avançar na análise do material apreendido, nas perícias e no cotejamento das provas para concluir o cenário atual”, completou.