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Redação 28 de Fevereiro, 2024
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Emissões por queimadas no Brasil em fevereiro são as maiores em 21 anos, indica observatório europeu

Brasil
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Redação 28 de Fevereiro, 2024

Até a terça-feira (27), as queimadas emitiram 4,1 megatoneladas de carbono, índice mais alto para o Brasil em ao menos duas décadas

O fogo que vem tomando conta da vegetação de Roraima nas últimas semanas fez disparar as emissões de carbono por incêndios florestais do país em fevereiro. Até a terça-feira (27), as queimadas emitiram 4,1 megatoneladas de carbono, índice mais alto para o Brasil em ao menos duas décadas.

As informações são da Folha de S.Paulo, baseadas nos dados do observatório climático e atmosférico europeu Copernicus, que rastreia essas emissões desde 2003, e foram divulgados nesta quarta-feira (28). Cidades de Roraima têm ficado encobertas por fumaça, incluindo a capital, Boa Vista. Outra área impactada é a Terra Indígena Yanomami, que recebe ar poluído em consequência de incêndios originados nos municípios de Amajari e Mucajaí.

Em nota enviada à Folha na última semana, a gestão de Antonio Denarium (PP), governador de Roraima, afirmou que, para a região, foram expedidas apenas duas licenças para queima controlada, “evidenciando que estas queimadas que estão ocorrendo são criminosas”.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detalham que o estado foi responsável por quase metade (47,8%) dos focos de incêndio de todo o Brasil neste mês, período atípico para a alta nas queimadas na região. Até o momento, Roraima teve 2.001 focos, número quase 12 vezes maior do que o registrado em fevereiro do ano passado (168) e próximo dos 2.659 focos que ocorreram na região em 2023.

O governo de Roraima decretou emergência em nove municípios na última semana. Desde janeiro, o país vem registrando um número atipicamente alto de queimadas para esta época do ano. No mês passado, foram 4.555 focos, enquanto fevereiro teve outros 4.182 —aumento, respectivamente, de 83% e 105% na comparação com o mesmo período de 2023.