Mãe e filha morrem após comer bolo de festa; polícia investiga possível intoxicação

O caso da morte de uma mãe e sua filha, ocorrido em junho deste ano, voltou a ter repercussão após novas diligências da Polícia Civil de São Paulo. As duas morreram após consumirem pedaços de um bolo entregue em casa, no bairro do Ipiranga, Zona Sul da capital. A principal hipótese é de intoxicação alimentar.

As vítimas, identificadas como Ana Maria de Jesus, de 52 anos, e Larissa de Jesus Castilho, de 21, não participaram da comemoração, mas receberam o doce de um parente que havia levado o pedido de Larissa. Segundo depoimentos, o bolo havia sido encomendado para um aniversário e distribuído entre os convidados após o evento. A confeiteira responsável afirmou ter entregue o produto lacrado e em boas condições.

Na noite em que o caso ocorreu, Ana Maria passou mal e foi hospitalizada. Mais tarde, Larissa e uma prima também comeram o bolo e apresentaram sintomas semelhantes. A jovem chegou a ser socorrida pelo Samu, mas não resistiu. Ana Maria ficou internada por semanas e morreu no fim de julho por insuficiência respiratória associada à intoxicação.

Outros casos semelhantes vêm preocupando as autoridades. Em Itapecerica da Serra, uma adolescente de 17 anos morreu após comer um bolo de pote contaminado com arsênio. A suspeita confessou ter colocado a substância por ciúmes. No fim de 2024, três pessoas da mesma família no Rio Grande do Sul também morreram após ingerirem um bolo com o mesmo veneno.

O arsênio é um elemento químico altamente tóxico, presente em pequenas quantidades no meio ambiente e em alimentos industrializados, sob controle da Anvisa. A repetição dos casos levanta um alerta sobre o fácil acesso à substância e reforça a necessidade de investigação rigorosa para evitar novas tragédias.