
PF deflagra Operação Terra Justa contra desmatamento ilegal na Amazônia
A investigação envolve danos ambientais superiores a R$ 78 milhões

Polícia Federal (PF) deu início à Operação Terra Justa, cumprindo cinco mandados de busca e apreensão contra autores de incêndios e desmatamento ilegal na Amazônia, na manhã desta terça-feira (5). A ação ocorre nos estados do Amazonas e do Pará e inclui sete mandados judiciais relacionados ao sequestro de bens e bloqueios patrimoniais, totalizando valores superiores a R$ 78 milhões, destinados à recuperação das áreas degradadas.
As autoridades estão executando quatro mandados em imóveis localizados em Manaus (AM) e um em Novo Progresso (PA). Um dos alvos já possui histórico criminal por comércio ilegal de diamantes em 2021 e foi alvo de operações anteriores da PF. As ordens judiciais foram emitidas pelo Juízo da 7ª Vara Federal de Manaus.
As investigações revelam que um grupo criminoso é responsável pelo desmatamento de aproximadamente cinco mil hectares por meio de queimadas, o que causou danos significativos ao meio ambiente. De acordo com um laudo pericial da Polícia Federal, a motivação seria a produção de gado. O grupo teria movimentado somas consideráveis através de pessoas jurídicas, além de estar envolvido no comércio ilegal de minérios, que são bens da União.
As apurações tiveram início a partir de informações da polícia judiciária, e o cruzamento de dados sobre focos de queimadas identificou três polígonos com incêndios de grandes extensões, incluindo um imóvel no município de Apuí (AM), que foi alvo de diversas fraudes documentais.
Os investigados respondem por crimes de incêndio florestal, lavagem de dinheiro, invasão de terras da União e falsidade ideológica, com penas que, somadas, podem chegar a até 26 anos de prisão em caso de condenação.