Polícia Civil investiga detalhes sobre atendimento à jovem em caso envolvendo jogador de base do Corinthians
Funcionária relatou que a Samu enfrentou dificuldades para acessar o apartamento do jogador
No centro das investigações sobre a morte da jovem Lívia Gabrielle da Silva Matos, de 19 anos, está o desenrolar dos eventos que cercaram seu atendimento de emergência no último dia 30. Em novos desenvolvimentos, a Polícia Civil de São Paulo está analisando áudios atribuídos a funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
De acordo com as conversas divulgadas, uma funcionária relata que a viatura do SAMU chegou ao prédio de forma rápida, mas enfrentou dificuldades para acessar o apartamento do jogador do Corinthians Dimas Candido de Oliveira Filho, de 18 anos.
“Mas, tipo assim, passa a ocorrência às 7:18, a gente saiu às 7:19 e chegamos no prédio às 7:20, entendeu? Só que aí, até a gente conseguir entrar com a viatura, abrir o portão, entrar… E paramos num local que tinha que entrar do estacionamento para ter acesso ao Bloco 3, né?”, afirma o áudio.
O boletim de ocorrência ressalta que a viatura que prestou socorro deu entrada no hospital 20 minutos após o primeiro chamado, às 19h40. Funcionários do SAMU também apontaram que o elevador do prédio estava inoperante, o que possivelmente atrasou o processo de atendimento.
Diante desses elementos, a Polícia Civil já convocou Dimas para um novo depoimento, buscando esclarecer todos os aspectos que cercam esse caso sensível.
“As investigações do caso estão em andamento por meio de um inquérito policial instaurado pela 5ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Os laudos estão sendo finalizados e, tão logo concluídos, serão analisados pela autoridade policial para esclarecer todas as circunstâncias do caso. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”, afirmou a SSP.
Lívia Gabrielle da Silva Matos veio a óbito após quatro paradas cardíacas e apresentar sangramentos nas partes íntimas.