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Redação 12 de Novembro, 2025
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Saneamento é precário para moradores de áreas protegidas da Amazônia, aponta IBGE

Brasil
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Redação 12 de Novembro, 2025

Estudo mostra que falta de água, esgoto e coleta de lixo atinge maioria dos moradores de unidades de conservação, terras indígenas e territórios quilombolas

Um novo recorte do Censo 2022, divulgado nesta quarta-feira (12) pelo IBGE, revela que a Amazônia Legal concentra os piores indicadores de saneamento básico do país — justamente em áreas criadas para preservar ecossistemas e comunidades tradicionais.

Segundo o levantamento, 75,2% dos moradores de unidades de conservação da região convivem com algum tipo de precariedade no abastecimento de água, no esgotamento sanitário ou na coleta de lixo. No Brasil, o índice é de 27,3%.

O quadro é ainda mais crítico nas terras indígenas: 98% das pessoas enfrentam déficit em pelo menos um serviço, e 75,1% convivem com falhas em todas as três áreas.

Entre os quilombolas, 96,9% lidam com alguma precariedade, e 36,6% enfrentam problemas acumulados de água, esgoto e lixo.

O IBGE aponta que a geografia amazônica — marcada por longas distâncias, rios e baixa densidade populacional — exige soluções específicas, como poços profundos, fossas sépticas tratadas e modelos alternativos de coleta. Ainda assim, o instituto afirma que falta investimento adequado para atender a realidade dessas populações.

Os dados foram divulgados às vésperas da COP30, que ocorrerá em Belém.