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Redação 06 de Agosto, 2024
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Convênio entre governo da Bahia e Vitória vira alvo do MP; colégio seria construído em terreno do clube

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Redação 06 de Agosto, 2024

O BNews também teve acesso aos documentos da parceria, que previa uma série de investimentos — R$ 11.680.627,29 no total — no Complexo Esportivo Benedito Dourado da Luz (Toca do Leão) e iria beneficiar os moradores do bairro de Canabrava

Um colégio estadual estava planejado para ser construído às margens da Avenida Mário Sérgio, no bairro de Canabrava, em Salvador. O terreno de 2.000 m², que deveria ser doado pelo Esporte Clube Vitória como parte do pagamento de uma dívida com o Governo da Bahia, seria utilizado para essa construção.

De acordo com informações do site BNews, o conteúdo está registrado no Convênio nº 07/2009, assinado pelo clube, pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur) e pela Superintendência de Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) em 18 de setembro de 2009. Este acordo se tornou objeto de uma investigação conduzida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).

O BNews também teve acesso aos documentos da parceria, que previa uma série de investimentos — R$ 11.680.627,29 no total — no Complexo Esportivo Benedito Dourado da Luz (Toca do Leão) e iria beneficiar os moradores do bairro de Canabrava.

Uma das disposições do contrato especificava que o terreno doado como compensação para o investimento de R$ 4.189.343,29, assumido pela Sedur, seria destinado à construção do colégio.

“Emitir um documento de avaliação técnica sobre a área de 2.000 m², a ser doada para construção de escola pública, ao Estado da Bahia pelo Esporte Clube Vitória”, dizia um trecho do convênio.

Fontes próximas ao Governo da Bahia indicaram que o projeto foi arquivado, embora ainda exista a possibilidade de sua execução após o repasse de recursos. É importante ressaltar que, no final do ano passado, o presidente do Vitória, Fábio Mota, mencionou ter proposto ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) a construção de uma escola estadual no Barradão.

Porém, ainda não se sabe se o aceno possui relação com a dívida que o clube possui com o Governo da Bahia.

Demais acordos

O acordo incluía várias iniciativas que se tornaram inviáveis devido à falta de repasse do terreno. Uma das cláusulas do contrato estipulava que, após a conclusão das obras, seria criado um núcleo de iniciação esportiva em futebol, atendendo no mínimo 200 pessoas durante quatro anos, sob a orientação pedagógica da Sudesb.

Além disso, a Sudesb seria responsável pela implementação de uma “Escola de Iniciação Esportiva”, oferecendo diversas modalidades, como futebol de campo, futsal, basquete, vôlei e handebol, para pelo menos 2.400 pessoas ao longo de quatro anos.

Conforme o acordo, o Governo da Bahia também forneceria uniformes, professores/monitores e material esportivo para as atividades de ambos os projetos.