
Protestos em todo o país pedem nomeação de ministra negra ao STF; ato em Salvador ocorre nesta sexta (17)
Movimentos entregaram ofício a Lula com nomes de juristas negras indicadas para a vaga no Supremo

Movimentos sociais realizam, nesta sexta-feira (17), atos em diversas capitais do país pedindo que a nova vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) seja ocupada por uma mulher negra. As mobilizações estão marcadas para acontecer em Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, com concentração a partir das 16h.
Em Salvador, o ato será no Largo do Santo Antônio Além do Carmo, a partir das 16h. No Rio de Janeiro, a mobilização acontece na Rua do Lavradio, na Lapa, em frente ao mural “Por uma Ministra Negra no STF”. Já em São Paulo, o ponto de encontro será no MASP, na Avenida Paulista, com concentração às 16h30 e saída às 17h.
As manifestações são organizadas pelo Movimento Mulheres Negras Decidem (MND), Instituto de Defesa da População Negra (IDPN), Coalizão Negra por Direitos, Odara Instituto pela Mulher Negra, Incubadora pela Democracia e Justiça Racial, Instituto Commbne, Opara Saberes e Instituto Justiças Negras.
O MDN enviou nesta semana um ofício ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitando que a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso seja preenchida por uma mulher negra. O documento apresenta nove nomes de juristas com atuação em justiça racial e direitos humanos, entre elas Edilene Lobo, ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e Vera Lúcia Santana Araújo, ministra substituta do TSE.
O movimento afirma que a nomeação de uma mulher negra para o Supremo representaria um ato de reparação histórica. “A presença de uma ministra negra no STF não é apenas uma questão de representatividade, mas de democracia substantiva, reparação histórica e fortalecimento do Estado de Direito”, diz trecho do ofício.