Negacionismo de Jerônimo agrava crise de violência na Bahia
O dia 16 de outubro de 2024 terminou com o saldo de 18 pessoas mortas em Salvador e na Região Metropolitana da capital. Nem mesmo um número tão alarmante foi suficiente para que o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, abandonasse o negacionismo diante do cenário de violência desenfreada no estado e se posicionasse de forma mais incisiva.
Aliás, muito pelo contrário. Em uma tentativa de se eximir, Jerônimo transferiu a culpa para seu padrinho político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao tentar nacionalizar a tragédia baiana, Jerônimo agrava duplamente sua situação.
Primeiro: adota uma postura pouco colaborativa no combate ao crime, transmitindo uma mensagem equivocada aos comandantes das polícias e, de alguma forma, também à população.
Segundo: depõe contra Lula, a quem ele deve grande parte de seu sucesso político, incluindo sua eleição como governador.
Jerônimo ainda tem dois anos de mandato e pode despertar para a realidade e enfrentar o problema de frente.
Entretanto, essa mudança parece improvável. Se nem 18 cadáveres em um único dia o fizeram abrir os olhos, o que será necessário para tal?