Confiança do consumidor recua em outubro após quatro altas consecutivas, aponta FGV

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) brasileiro registrou queda de 0,7 ponto em outubro, interrompendo quatro meses de alta e alcançando 93,0 pontos, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (25). Em médias móveis trimestrais, o índice apresentou estabilidade, permanecendo em 93,3 pontos.

A queda do ICC em outubro reflete uma deterioração das expectativas em relação aos próximos meses, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA), que avalia a percepção sobre o momento atual, avançou 2,0 pontos, para 83,7 pontos — seu maior nível desde dezembro de 2014. Em contrapartida, o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,5 pontos, situando-se em 99,7 pontos após quatro altas consecutivas.

Entre os indicadores que compõem o ICC, a maior queda foi no item que mede as expectativas sobre as finanças futuras das famílias, com um recuo de 2,8 pontos, para 103,8, atingindo o menor nível desde junho deste ano. Indicadores sobre o ímpeto de compra de bens duráveis e as perspectivas econômicas futuras também registraram quedas de 2,1 e 2,3 pontos, respectivamente.

A economista Anna Carolina Gouveia, da FGV/Ibre, aponta para uma acomodação das expectativas futuras, observando uma melhora gradual e lenta nas condições correntes. “O índice de percepção sobre a economia atual registrou alta, o que reflete uma tendência gradativa de recuperação das condições atuais”, afirma Gouveia. Ela também destaca que a piora das expectativas foi geral entre as faixas de renda, exceto entre consumidores com rendimentos entre R$ 2.100 e R$ 4.800,00, que apresentaram leve melhora.