Desemprego no Brasil mantém mínima histórica de 5,6% no trimestre até agosto, aponta IBGE
Número de desocupados recua para 6,08 milhões, menor patamar desde o início da série em 2012.
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em agosto de 2025, repetindo o menor nível já registrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O percentual já havia sido alcançado no trimestre encerrado em julho e veio em linha com as projeções do mercado financeiro. Na comparação com o trimestre encerrado em maio, quando a taxa era de 6,2%, houve recuo.
O contingente de pessoas sem trabalho e em busca de ocupação foi estimado em 6,08 milhões, o menor número da série histórica. A marca anterior, de 6,10 milhões, havia sido registrada no trimestre finalizado em dezembro de 2023.
Segundo o IBGE, a população desempregada inclui pessoas com 14 anos ou mais que procuraram emprego no período.
O emprego no país vem em trajetória de recuperação desde a pandemia. Analistas atribuem a melhora a fatores como estímulos do governo federal, mudanças demográficas e os impactos da tecnologia. Esse movimento sustentou a geração de renda e consumo, mas também elevou a pressão inflacionária.
Para conter o avanço dos preços, o Banco Central mantém a taxa Selic em 15% ao ano, o maior patamar em quase 20 anos. Os juros altos tendem a frear a atividade econômica, e sinais dessa desaceleração já aparecem no Produto Interno Bruto (PIB).