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Redação 14 de Março, 2025
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Baby do Brasil se defende de críticas após declaração sobre perdão a agressores em culto

Entretenimento
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Redação 14 de Março, 2025

A cantora e pastora Baby do Brasil se manifestou nesta sexta-feira (14) em suas redes sociais para rebater críticas sobre sua declaração durante um culto realizado na balada D-Edge, em São Paulo, na última segunda-feira (10). Ela afirmou que suas palavras foram mal interpretadas e enfatizou que “jamais defenderia abusadores”.

A polêmica surgiu quando Baby, durante uma oração, incentivou fiéis a perdoarem aqueles que os machucaram, incluindo agressores em casos de abuso sexual dentro da família. “Perdoa tudo o que tiver no seu coração nesse lugar, perdoa. Se teve abuso sexual, perdoa. Se foi na família, perdoa. Se é briga de família, mãe, filho, pai, perdoa”, disse a cantora. A fala gerou forte reação nas redes sociais, com internautas acusando-a de estimular o silenciamento das vítimas e a impunidade dos agressores.

Diante da repercussão negativa, Baby do Brasil publicou um vídeo no Instagram esclarecendo sua posição. “O perdão a que me refiro não inocenta ninguém, não impede a justiça nem isenta responsáveis por crimes. Eu sou contra qualquer tipo de abuso!”, declarou. Ela também afirmou que sua fala tratava de um “perdão espiritual e profundo”, voltado às vítimas que buscam superar traumas.

O DJ e empresário Renato Ratier, responsável pela organização do culto na D-Edge, classificou a declaração da cantora como “infeliz”. Segundo ele, o combinado era que Baby participasse apenas da parte musical do evento, sem pregação.

O caso também chamou a atenção da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que protocolou uma representação no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pedindo investigação sobre o discurso da artista. No documento, a parlamentar argumenta que a fala ultrapassa os limites da liberdade religiosa e de expressão ao sugerir uma conduta que pode levar à impunidade de crimes graves.

O MP-SP confirmou que a representação está sob análise na Promotoria de Justiça de Direitos Humanos da Capital.