Daniel Alves compra clube em Portugal e pode voltar a jogar futebol em 2026

Daniel Alves, ex-lateral da Seleção Brasileira, passou a controlar o Sporting Clube de São João de Ver, equipe que disputa a terceira divisão do futebol português. A negociação ocorreu por meio da compra da Sociedade Anônima Desportiva (SAD) do clube e pode abrir caminho para um possível retorno do ex-jogador aos gramados.

De acordo com informações divulgadas pela ESPN, Daniel Alves avalia a possibilidade de atuar pelo próprio clube por um período curto, entre janeiro e junho de 2026. A ideia seria reforçar a equipe dentro de um novo projeto esportivo voltado ao crescimento do time no cenário português.

A última partida oficial disputada por Daniel Alves foi em 8 de janeiro de 2023, quando ainda defendia o Pumas, do México. Pouco depois, o clube rescindiu o contrato do atleta em meio após a acusação de agressão sexual ocorrido na Espanha. Desde então, o jogador não voltou a atuar profissionalmente.

Segundo pessoas próximas, o ex-lateral mantém treinos individuais e acredita que cerca de 30 dias de preparação seriam suficientes para recuperar o ritmo de jogo, caso decida voltar a competir.

Processo judicial na Espanha

A movimentação ocorre após um longo período afastado do futebol e da vida pública em razão de um processo judicial na Espanha. Daniel Alves foi acusado de agressão sexual por uma jovem de 23 anos, em um episódio ocorrido em uma boate de Barcelona, na noite de 31 de dezembro de 2022.

O ex-jogador foi preso em 20 de janeiro de 2023 e permaneceu em prisão preventiva no presídio de Brians 2, na Catalunha, por cerca de 14 meses. Em março de 2024, a Justiça espanhola o condenou a quatro anos e meio de prisão.

Além da pena de reclusão, a sentença previa o pagamento de 150 mil euros à vítima e a proibição de aproximação por um período de nove anos e meio. Dois meses depois, Daniel Alves deixou a prisão após pagar fiança de 1 milhão de euros, entregar os passaportes e cumprir a obrigação de comparecimento semanal ao tribunal.

Em março deste ano, no entanto, o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha anulou a condenação. A corte alegou insuficiência de provas, apontou contradições no depoimento da vítima e revogou as medidas cautelares impostas ao ex-jogador, encerrando temporariamente as restrições.