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Redação 25 de Novembro, 2024
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Acusados do assassinato do médico Dr. Zé Carlos, morto em 2014, vão a júri popular

Justiça
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Redação 25 de Novembro, 2024

O julgamento do assassinato do médico José Carlos Bezerra Carvalho, conhecido como Doutor Zé Carlos, morto em 2014 ao sair de uma academia no município de Paripiranga, está marcado para o próximo dia 3 de dezembro, no Fórum Rui Barbosa, em Salvador. Os três homens acusados pelo crime irão a júri popular.

Leonardo Fraga Guimarães é apontado como o executor do homicídio, sendo responsável pelos disparos que mataram o médico. Igor de Menezes Carvalho, atualmente preso no Complexo Penal de Paulo Afonso por outro homicídio, é acusado de conduzir a motocicleta utilizada no crime. Alexandre Magno, vereador e ex-procurador do município, é acusado de ser o mandante do assassinato e responde ao processo em liberdade. Leonardo foi transferido recentemente para uma unidade em Salvador para acompanhar o julgamento. Outro suspeito, Lázaro Fraga, ligado a um grupo criminoso conhecido como Pitbull, foi encontrado morto anos após o crime, em circunstâncias que levantam suspeitas de queima de arquivo.

Após diversos recursos apresentados pelos advogados de defesa de um dos réus, houve o “desaforamento” do processo, que foi transferido para o 1º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital, sob a responsabilidade da juíza Gelzi Maria Almeida Souza Matos. Moradores de Paripiranga organizaram uma caravana para Salvador a fim de acompanhar o julgamento.

Doutor Zé Carlos, ginecologista e obstetra, realizou cerca de 12 mil partos em mais de 30 cidades da região. Além de médico, ele era empresário — proprietário de uma clínica de saúde e de uma academia — e político, tendo concorrido à prefeitura de Paripiranga em duas ocasiões.

De acordo com o Ministério Público, o assassinato teria motivação política, já que foi candidato a prefeito duas vezes. Os réus são acusados de praticar um homicídio triplamente qualificado: por motivo fútil, mediante promessa de recompensa, traição e emboscada, além do uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O processo também inclui a confissão de um dos réus.