
Dono do ferro-velho se apresenta à polícia e ganha liberdade provisória

O empresário Marcelo Batista Silva, acusado por envolvimento no desaparecimento e morte dos jovens Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz, que funcionários de um ferro-velho no bairro de Pirajá, do qual era dono, se apresentou à polícia nesta segunda-feira (9), após sete meses foragido.
De acordo com decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Marcelo foi liberado e ganhou liberdade provisória. A defesa do empresário entrou com o pedido de liberdade provisória logo após Marcelo se entregar à polícia.
A decisão foi tomada pelo juiz Vilebaldo José de Freitas Pereira, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Salvador, que alega que Marcelo teria se entregado de forma voluntária, apresentando seu passaporte e um pedido de desculpas, mostrando ‘arrependimento’ e ‘respeito ao Judiciário’.
Com a prisão preventiva anteriormente revogada pelo Judiciário, o empresário deve seguir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, compromisso de comparecer mensalmente em juízo, manter endereço atualizado sem se ausentar do distrito da culpa, comparecer a sessão de julgamento do Júri, não frequentar bares e locais de jogos de azar, além de não se ausentar da comarca sem prévia autorização judicial.
Caso qualquer uma das condições sejam descumpridas, Marcelo correrá o risco de ter a liberdade revogada e a prisão preventiva restabelecida imediatamente, sem necessidade de nova audiência.
Foragido desde novembro de 2024, quando aconteceram os crimes, Marcelo Batista Silva é réu em ação penal por suspeita de mandar matar Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz. Os dois jovens desapareceram poucas semanas após começarem a trabalhar no ferro-velho de Marcelo, e nunca tiveram seus corpos encontrados.