Força-tarefa contra sonegação fiscal recupera R$ 145 milhões para os cofres públicos da Bahia
A atuação integrada de órgãos de fiscalização e investigação garantiu a recuperação de R$ 145,2 milhões aos cofres públicos da Bahia ao longo de 2025. A informação foi divulgada durante um balanço da força-tarefa de combate à sonegação fiscal coordenada pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), que apresentou os dados durante reunião realizada na sede do Ministério Público do Estado (MP-BA), em Salvador.
Além da prestação de contas, o comitê definiu as diretrizes de atuação para 2026, com foco na ampliação da recuperação direta de ativos e no aperfeiçoamento dos mecanismos de investigação. Durante a reunião, o procurador-geral de Justiça da Bahia, Pedro Maia, destacou que o fortalecimento da atuação conjunta tem ampliado a capacidade do Estado em identificar e reverter recursos desviados por meio de crimes tributários.
“A Polícia Civil da Bahia tem força e capacidade de atuação, principalmente na investigação desses ilícitos. Existem muitos recursos bloqueados que podem ser revertidos em benefício do Estado”, disse Pedro Maia.
De acordo com o balanço, somente em 2025 foram encaminhadas 50 notícias-crime relacionadas à sonegação fiscal, envolvendo valores estimados em R$ 282,1 milhões. O promotor de Justiça Hugo Casciano de Sant’Anna, secretário-executivo do Cira e coordenador do Centro de Apoio Operacional de Segurança Pública (Ceosp), ressaltou que essas comunicações são a principal porta de entrada para as investigações do Cira
Entre as principais operações do ano estão a Galardão, deflagrada em Itabuna e Ilhéus, que apurou cerca de R$ 65 milhões em sonegação no setor de supermercados; a Eidolon, realizada em Barreiras, voltada para a investigação de créditos tributários indevidos; e a Fogo Cruzado, que alcançou Salvador, Feira de Santana, Riachão do Jacuípe e Coração de Maria, com foco no comércio varejista de armas e munições.