
Moraes decreta prisão de Carla Zambelli

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (4). A decisão ocorre um dia após a parlamentar afirmar publicamente que deixou o país, depois de ser condenada pela Corte a 10 anos de prisão por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão da deputada ainda na terça-feira (3). Moraes atendeu ao pedido e determinou que a Polícia Federal comunique à Interpol a inclusão do nome da deputada na lista de procurados para fins de extradição.
Além da ordem de prisão, Moraes determinou o bloqueio de todos os bens de Zambelli, incluindo contas bancárias, imóveis e veículos, além de suspender o pagamento de salário e verbas de gabinete. O ministro também ordenou que suas redes sociais sejam retiradas do ar em até duas horas após a notificação das plataformas, incluindo perfis no X, Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, LinkedIn, Telegram e GETTR.
Segundo Moraes, a parlamentar tentou burlar possíveis restrições ao transferir o controle de suas redes sociais para a mãe, conforme declarou em entrevista a um canal do YouTube. Caso continue publicando conteúdos considerados criminosos, mesmo por meio de terceiros, poderá ser multada em R$ 50 mil por dia.
“Carla Zambelli anunciou [nesta terça-feira] que, após a condenação por esta Suprema Corte, se evadiu do distrito da culpa, fugindo do território nacional e que vai ‘voltar a ser a Carla que era antes das amarras que essa ditadura nos impôs’”, apontou Moraes, em sua sentença.
Zambelli foi condenada por atuar junto ao hacker Walter Delgatti na invasão de sistemas do Judiciário. No mesmo processo, Delgatti recebeu pena de 8 anos e 3 meses. A parlamentar também foi condenada à perda do mandato, após o trânsito em julgado da ação.