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Redação 26 de Agosto, 2025
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Mulher é condenada por enganar amiga com namorado fictício durante 15 anos

Mundo
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Redação 26 de Agosto, 2025

Claire Gilbert, de 45 anos, foi sentenciada a três anos de prisão no Reino Unido após ser considerada culpada por perseguição e fraude contra sua melhor amiga, Michelle Oldham. O caso chamou atenção por envolver a criação de identidades falsas e manipulação psicológica ao longo de uma década e meia.

Segundo o Daily Mail, a farsa começou em 2005, quando as duas se conheceram em Manchester. Gilbert, que se apresentou como vítima de violência doméstica, conquistou a confiança de Oldham. Pouco depois, surgiu “Carl Murphy”, personagem inventado por Gilbert, que mantinha contato com a vítima através de mensagens de texto e redes sociais, simulando um relacionamento amoroso.

Para sustentar o golpe, a acusada também inventou uma filha fictícia de Carl, chamada Katie. Oldham foi induzida a gastar cerca de £4.000 (aproximadamente R$ 29 mil) com supostas despesas da criança, incluindo uma viagem à Disneylândia em Paris, presentes e até um celular.

As mentiras incluíram histórias trágicas, como a alegação de que Katie havia contraído meningite e precisaria amputar os dedos. A manipulação levou Oldham a desenvolver profundo sofrimento emocional, chegando a sofrer um colapso nervoso e a pesar apenas 32 kg.

As suspeitas começaram em 2019, quando Oldham descobriu Gilbert usando a conta de Carl no Facebook. Na ocasião, encontrou presentes e cartões destinados a Carl e Katie, além de um telefone que teria o número da menina. O caso foi denunciado à polícia após Gilbert acumular dívidas em nome da amiga.

Durante buscas realizadas em 2020, agentes encontraram celulares e até um aplicativo de mudança de voz no aparelho de Gilbert, utilizado para manter a farsa.

No tribunal, Oldham relatou os danos emocionais sofridos e afirmou que apenas não tirou a própria vida para poupar sua família da dor. A juíza Bernadette Baxter destacou a frieza da acusada, afirmando que ela não demonstrou arrependimento em nenhum momento.

As acusações cobriram o período entre 2013 e 2020, já que as leis de perseguição não estavam em vigor antes disso. Oldham, hoje também com 45 anos, defendeu que a prática de “catfishing” — quando alguém cria perfis falsos para enganar outras pessoas — seja tipificada como crime.