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Redação 21 de Agosto, 2025
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Alan Sanches propõe obstrução na Alba contra urgência em projetos do governo e critica volume de empréstimos

Política
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Redação 21 de Agosto, 2025

Segundo ele, governo impede que os temas sejam debatidos com profundidade

O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), afirmou que vai propor à bancada oposicionista a obstrução de todos os projetos enviados pelo Executivo em regime de urgência. Segundo ele, o governo de Jerônimo Rodrigues (PT) impede que os temas sejam debatidos com profundidade nas comissões técnicas da Casa.

“Vou propor aos colegas um processo de obstrução a todos esses projetos. Não é possível que o governo, que já tem ampla maioria, não queira sequer deixar que as matérias sejam discutidas com transparência antes de irem para votação”, disse o parlamentar.

Entre os textos em tramitação está o 19º pedido de empréstimo, no valor de R$ 4,5 bilhões, que, de acordo com Sanches, eleva para R$ 23 bilhões o total solicitado desde o início do mandato. “É um volume desenfreado. A pergunta que fica é: o que mudou na Bahia desde então? Melhorou a segurança pública, a fila da regulação de saúde? A sociedade está cansada desse modelo de governo do PT, que fala muito e entrega pouco”, criticou.

Além do financiamento, outros projetos apresentados em regime de urgência tratam de alterações nas unidades de segurança pública. Para Sanches, a estratégia inviabiliza a análise adequada. “Como é que os deputados vão examinar e fazer contribuições se o governo intencionalmente pede urgência para aprovar tudo a toque de caixa? O governo não vai passar o rolo compressor”, afirmou.

O deputado citou ainda dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA) sobre o déficit de efetivo nas polícias da Bahia. Segundo o parecer, em 2024 havia uma defasagem de 14.595 policiais militares e cerca de 35% a menos de servidores na Polícia Civil.

“Mais do que tomar empréstimos bilionários, seria necessário o governo apresentar políticas públicas eficientes para segurança e saúde. Falta planejamento mínimo, e a fila da regulação continua sem solução”, concluiu.