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Redação 29 de Agosto, 2025
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Alice Portugal chama Eduardo Bolsonaro de “traidor nacional” em meio a tarifaço dos EUA e julgamento de Jair Bolsonaro

Política
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Redação 29 de Agosto, 2025

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) criticou duramente Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, ao classificá-lo como um “traidor nacional”.

A declaração foi feita nesta sexta-feira (29), em entrevista à Rádio Metropole, durante comentários sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e o julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para a próxima semana.

Segundo a parlamentar, Eduardo estaria atuando fora do país contra os interesses brasileiros.

“Estamos diante de uma intervenção explícita, uma traição nacional explícita. Ele pediu licença a Hugo Motta \[presidente da Câmara] para exercer o mandato à distância. Conspirando. E os EUA, por conveniência comercial, têm utilizado isso para bater na democracia e na escolha majoritária do povo brasileiro”, afirmou Alice.

Atualmente licenciado e vivendo nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro já havia defendido, em julho, as medidas do governo norte-americano, chegando a considerar “legítima” a decisão de sobretaxar os produtos brasileiros. No início de agosto, Washington impôs uma tarifa adicional de 40% contra o Brasil, alegando prejuízos às big techs americanas e também como reação ao julgamento de Jair Bolsonaro.

Durante sua participação no programa Jornal da Bahia no Ar, Alice Portugal também destacou a importância do julgamento dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

“O Supremo vai julgar até o fim os crimes contra o Estado Democrático. Espero que não haja uma escalada de ódio com a decisão da Corte”, declarou.

O ex-presidente Jair Bolsonaro começará a ser julgado na próxima terça-feira (2) pela Primeira Turma do STF, formada pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux.

O processo envolve acusações de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado com violência, grave ameaça e destruição de patrimônio tombado.