Augusto Vasconcelos critica impacto social de privatização de cemitérios
Vereador prometeu cobrar transparência no processo e acompanhar os estudos realizados
O vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB) manifestou preocupação com a possibilidade de privatização dos cemitérios públicos de Salvador, destacando os impactos sociais da medida. Segundo ele, em cidades onde processos semelhantes ocorreram, os custos de sepultamento subiram de R$ 200 para valores entre R$ 1.200 e R$ 1.500, o que pode inviabilizar o acesso de famílias de baixa renda a um enterro digno.
O debate foi intensificado após a autorização, em 2023, para que quatro empresas realizassem estudos sobre modelos de gestão privada dos cemitérios. A prefeitura ainda avalia se o formato será de concessão ou Parceria Público-Privada (PPP). Salvador possui dez cemitérios sob gestão da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), localizados em bairros como Brotas, Itapuã e Paripe, além das ilhas.
Vasconcelos também criticou a aprovação de um programa de concessões pela Câmara Municipal em 2021, que, segundo ele, retirou o poder de decisão do Legislativo e deu um “cheque em branco” ao Executivo. Ele afirmou que a medida exclui a população mais pobre de serviços essenciais e compromete direitos básicos.
O vereador prometeu cobrar transparência no processo e acompanhar os estudos realizados. Ele citou como exemplo o caso de São Paulo, onde a privatização foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devido a acusações de exclusão social.