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Redação 22 de Julho, 2025
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Bolsonaro nega quebra de regras e pede que STF esclareça proibição sobre entrevistas

Política
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Redação 22 de Julho, 2025

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (22), e afirmou que ele não violou as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes e solicitou esclarecimentos sobre os limites da proibição de uso das redes sociais. 

O documento foi enviado após a publicação de um vídeo em que Bolsonaro aparece usando tornozeleira eletrônica e faz declarações políticas durante visita à Câmara dos Deputados.

Na manifestação enviada ao STF, os advogados Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno sustentam que o ex-presidente não acessou suas redes, nem autorizou terceiros a fazê-lo. 

“O Embargante não postou, não acessou suas redes sociais e nem pediu para que terceiros o fizessem por si”, afirma a defesa.

A defesa também afirma que Bolsonaro jamais considerou estar impedido de conceder entrevistas e que não pode ser responsabilizado por eventuais reproduções desses conteúdos nas redes sociais. 

“Jamais cogitou que estava proibido de conceder entrevistas, que podem ser replicadas em redes sociais”, afirmam os advogados.

Segundo a defesa, o despacho de Moraes responsabilizando Bolsonaro por transmissões feitas por terceiros extrapola os termos da medida cautelar. Por isso, requerem que o ministro esclareça o alcance da decisão. Até lá, afirmam que o ex-presidente manterá silêncio público.

“A fim de que não haja qualquer equívoco […] requer que a decisão seja esclarecida, a fim de precisar os exatos termos da proibição”, diz a defesa.

Desde o dia 17 de julho, Bolsonaro está submetido a medidas cautelares no âmbito da Ação Penal 2.668, que apura tentativa de golpe de Estado. As restrições incluem uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e integral aos fins de semana, além da proibição de uso de redes sociais e de contato com outros investigados e autoridades estrangeiras. Moraes já advertiu que o descumprimento pode resultar em prisão preventiva.