
Braga Netto nega entrega de dinheiro a Mauro Cid e diz que não interferiu em delação

O general da reserva Walter Braga Netto negou nesta terça-feira (10) ter entregado dinheiro ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, em uma sacola de vinho, como afirmou o próprio Cid em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira (9).
Durante interrogatório por videoconferência ao ministro Alexandre de Moraes, no âmbito da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado, Braga Netto rebateu as acusações. “Eu não pedi dinheiro para ninguém e não dei dinheiro nenhum para o Cid”, declarou.
Preso desde dezembro de 2024, Braga Netto é réu no chamado “Núcleo 1” da trama golpista, acusado de obstruir as investigações e tentar acessar informações sigilosas das delações. Ele também negou ter procurado o general Lourena Cid, pai de Mauro Cid, para obter detalhes sobre o acordo de colaboração do ex-ajudante. Segundo o general, foi Lourena quem o procurou, pedindo apoio político para o filho.
As investigações apontam que os valores entregues a Cid teriam sido destinados ao financiamento de ações do plano golpista supostamente articulado por aliados do ex-presidente Bolsonaro.