Bruno Reis critica “radicalismo” na greve dos professores e diz que reajuste foi superior ao de outros governos
Movimento já dura mais de 20 dias; docentes reivindicam cumprimento do piso nacional
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, criticou o que chamou de “radicalismo” na condução da greve dos professores da rede municipal, que já dura mais de 20 dias. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (27), ele afirmou que a paralisação foi considerada ilegal pela Justiça e destacou a disposição da gestão municipal para o diálogo.
“Esse debate sempre é travado pelos secretários e pelas equipes. Temos toda a disposição de dialogar e minha equipe dialogou de forma permanente. Mas há um radicalismo, vemos parentes de parlamentares envolvidos em um nível de intransigência inexplicável”, disse.
O prefeito também destacou que o reajuste concedido aos servidores municipais, aprovado na última quinta-feira (22), foi superior aos concedidos pelos governos estadual e federal.
“O que mudou do ano passado para este ano foi um reajuste muito maior do que o que foi dado pelo Governo do Estado e pelo Governo Federal. Estão tratando o mesmo problema de forma distinta, ao invés de usar o mesmo peso e a mesma medida”, afirmou.
A votação do reajuste, realizada no Centro de Cultura da Câmara, foi marcada por troca de insultos e agressões entre parlamentares e manifestantes. Apesar do tumulto, a proposta da Prefeitura foi aprovada, contemplando todos os servidores municipais, incluindo os professores.
Os docentes, representados pela APLB-Sindicato, reivindicam o cumprimento integral do piso salarial nacional, estipulado pelo Ministério da Educação (MEC) em R$ 4.867,77. Segundo a categoria, a Prefeitura paga atualmente pouco mais de R$ 3.070, valor que estaria defasado desde a gestão do ex-prefeito João Henrique.