
Bruno Reis relembra histórico, diz que PT tem hábito de “descartar aliados antigos” e que “uma hora vai dar errado”
Gestor também disse que está aberto para o diálogo com o senador Ângelo Coronel

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), criticou duramente a articulação do PT para as eleições de 2026, acusando o grupo liderado por Jerônimo Rodrigues, Rui Costa e Jacques Wagner de desprezar aliados históricos em nome de uma estratégia de poder. A fala ocorreu nesta terça-feira (27), em resposta aos rumores de que o senador Angelo Coronel (PSD) pode ser excluído da chapa majoritária governista, abrindo espaço para o ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), disputar uma vaga ao Senado ao lado de Jacques Wagner (PT).
“Primeiro a gente ouve nossos adversários falarem que são democratas, que respeitam os aliados, que tratam com diálogo, com espaço e prestígio. Mas na prática a gente vê o contrário”, afirmou Bruno Reis. Segundo ele, o grupo usa a máquina pública e os recursos do governo para “cooptar adversários e prefeitos”, ao mesmo tempo em que descarta antigos aliados.
O prefeito lembrou episódios anteriores como exemplos do que considera um padrão de conduta. “Foi assim com a senadora Lídice da Mata, que foi expulsa da chapa em 2018 e não teve direito à reeleição. Aconteceu com o vice-governador João Leão, que soube pela imprensa que não estaria na majoritária em 2022. E agora, infelizmente, parece que está acontecendo o mesmo com o senador Angelo Coronel, que foi importante na Assembleia Legislativa”.
Bruno ainda disse que o grupo petista só se preocupa com política e esquece de fazer gestão. “Estão preocupados com a chapa de 2026, enquanto o governo Lula está derretendo e Jerônimo até agora não mostrou a que veio. Só pensam em política todos os dias, em vez de estarem focados na gestão.”