Câmara de Salvador abrirá processo que pode cassar Hamilton Assis

Uma representação protocolada na Câmara Municipal de Salvador (CMS) pede à cassação do mandato do vereador Hamilton Assis (PSOL). A denúncia foi motivada pelos acontecimentos envolvendo servidores e professores que invadiram o plenário da Casa durante uma sessão que discutia o reajuste dos salários do funcionalismo público.

Segundo informações exclusivas recebidas pelo Se Ligue Bahia, nesta quinta-feira (22), o documento, entregue oficialmente a CMS, será analisado pela Comissão de Ética, que decidirá se abre ou não um processo disciplinar contra o parlamentar. A representação acusa Hamilton de omissão e, ao mesmo tempo, de ter contribuído para o agravamento do cenário de tensão no Paço Municipal naquele dia.

Segundo a denúncia, teria atuado nos bastidores para influenciar o resultado da votação por meio de “atos violentos” e da suposta manipulação de manifestantes e da opinião pública. O texto ainda menciona distorções sobre o que, de fato, ocorreu durante a tumultuada sessão.

O vereador, no entanto, informou nas sessões ordinárias posterior ao ocorrido, que não esteve presente no dia da invasão dos manifestantes e como justificativa informou que estava defendendo sua tese de mestrado.

Relembre o caso

Em maio deste ano, um grupo de sindicalistas causou um tumulto antes da votação do projeto de reajuste dos servidores municipais. Os manifestantes chegaram até a enfrentar policiais militares. Um dos sindicalistas conseguiu invadir uma área restrita e uma confusão é iniciada.

Durante a confusão, manifestantes subiram no plenário da Câmara Municipal e um homem acabou agredindo com socos alguns vereadores. O tumulto foi controlado com a ajuda da Polícia Militar da Bahia, que usou spray de pimenta para conter a violência no local.

Após o controle da situação, a Câmara aprovou o Projeto de Lei nº 174/2025, que trata do reajuste salarial de professores da rede municipal.