Capitão Alden afirma que o projeto da Dosimetria não atende ao objetivo final dos bolsonaristas

A aprovação do projeto de Lei da Dosimetria que pretende reduzir a pena para condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, foi comemorada com ressalvas pela base bolsonarista na Câmara dos Deputados. A matéria aprovada por 291 votos a favor, 148 contra e uma abstenção, seguiu para análise do Senado, antes de uma eventual sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Vice-líder da oposição no Legislativo federal, o deputado Capitão Alden (PL) destacou o avanço da proposta, mas ressaltou que a Dosimetria não atende às demandas mais amplas do grupo político. 

“A Dosimetria não substitui a Anistia. E nunca foi apresentada como tal. A votação recente representa um mecanismo de redução imediata de danos para milhares de brasileiros que há três anos enfrentam penas desproporcionais, processos questionáveis e ausência de revisão judicial”, disse ao Política Livre.

Alden avaliou que a Dosimetria é o possível neste momento diante do que chamou de “Congresso fragmentado” e de um ambiente político desfavorável à oposição. Para ele, a Anistia ainda é viável, mas não sob o atual governo. “Mas é preciso dizer a verdade que muitos evitam: a Anistia ampla, geral e irrestrita só será aprovada quando a Direita retornar ao comando do Executivo Federal. Antes disso, qualquer promessa diferente é retórica vazia. Quem sustentar o contrário vende ilusão”, afirmou o deputado.