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Alexandre Galvão 27 de Julho, 2024
Foto - Alexandre Galvão

Chefe da saúde vai ‘sextar’ enquanto Bahia é primeiro lugar no mundo com morte por febre Oropouche

Política
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Alexandre Galvão 27 de Julho, 2024

A Bahia foi o primeiro lugar em todo o planeta Terra onde mortes foram registradas pela febre Oropouche. Os óbitos, de duas mulheres jovens, sem comorbidades, foram confirmados tanto pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) quanto pelo Ministério da Saúde. Mesmo com o triste ineditismo mundial, a chefe da Sesab, Roberta Santana, não se furtou a “sextar”. Em publicação nas suas redes sociais, a titular da pasta compartilhou registros de mais uma atividade partidária, desta vez em Antônio Cardoso, ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

“Jocivaldo, conte comigo! Temos orgulho da sua trajetória pessoal, da sua origem e da sua caminhada […]. Seguiremos juntos para cuidar cada vez mais da nossa gente”, escreveu, ao prestar apoio ao candidato local.

Se para Roberta tudo é festa, o mesmo não se pode dizer das famílias vitimadas pela doença. A primeira morte, de uma mulher de 24 anos que residia em Valença, ocorreu no dia 27 de março. A segunda, de uma mulher de 21 anos residente em Camamu, foi registrada no dia 10 de maio.

Até o dia 23 de julho de 2024, o Lacen/BA diagnosticou 835 amostras positivas de febre Oropouche em residentes do Estado da Bahia, distribuídas em 59 municípios de sete macrorregiões de saúde. Desses casos, 58% estão concentrados na macrorregião Sul, seguida pela macrorregião Leste, com 39% dos casos.

Sintomas da Oropouche – De acordo com o Ministério da Saúde, a febre Oropouche é uma doença causada por um vírus transmitido principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya. O quadro clínico agudo pode evoluir com febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e dor articular. Outros sintomas, como tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados.

Não existe tratamento específico para a enfermidade. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.