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Redação 21 de Outubro, 2025
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Defesa de ex-assessor de Bolsonaro acusa delegado da PF de má-fé e pede apuração disciplinar

Política
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Redação 21 de Outubro, 2025

A defesa do ex-assessor presidencial na gestão de Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins, investigado no processo da trama golpista, protocolou um pedido de apuração disciplinar contra o delegado da Polícia Federal Fábio Shor, responsável pelo inquérito que levou à prisão de Martins em 2024.

Os advogados Jeffrey Chiquini e Ricardo Scheiffer Fernandes afirmam que o delegado agiu com “má-fé e negligência” ao insinuar que o ex-assessor teria falsificado registros de entrada nos Estados Unidos no fim do governo Bolsonaro. Motivo que levou a prisão preventiva em 2024, onde passou seis meses em uma penitenciária na região metropolitana de Curitiba. 

“O delegado tenta justificar, retroativamente, uma prisão sem fundamentos, transformando o inquérito em palanque para defender sua própria reputação”, dizem os advogados Jeffrey Chiquini e Ricardo Scheiffer Fernandes, segundo a Folha de S.Paulo.

Os advogados alegam ainda que há provas de que o ex-assessor nunca deixou o Brasil naquele período, citando registros de voo doméstico entre Brasília e Paraná. 

“Em 31 de dezembro [de 2022], Filipe Martins fixou residência na cidade de Ponta Grossa, onde vivia normalmente, utilizando seu número telefônico, recebendo contas em seu nome e utilizando de modo convencional seus cartões de crédito e de débito”, diz a defesa.

A defesa também informou que acionará a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) para investigar a conduta do delegado. Os representantes de Martins ainda criticaram o relatório apresentado por Shor ao Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que o documento tenta “criminalizar a advocacia, a imprensa e a cidadania”.