Defesa de Ramagem nega acusações e pede arquivamento de denúncia no STF

A defesa do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, protocolou nesta quinta-feira (6) no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de rejeição da denúncia apresentada no mês passado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ramagem foi denunciado no inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, que visava impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além de Ramagem, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 32 acusados também foram incluídos na denúncia da PGR. No documento enviado ao STF, os advogados do ex-diretor negam qualquer envolvimento de seu cliente na tentativa de descredibilizar o sistema eletrônico de votação, bem como a participação em uma organização criminosa destinada a disseminar notícias falsas em favor do ex-presidente.

A defesa também rechaça a acusação de que Ramagem tenha integrado a chamada “Abin Paralela”, um suposto esquema montado para coletar informações contra opositores políticos e difundir desinformação. Os advogados sustentam que as acusações não possuem embasamento sólido e pedem que o STF rejeite a denúncia contra seu cliente.

O prazo para a apresentação da defesa da maioria dos denunciados se encerra nesta quinta-feira (6). No entanto, o general Braga Netto e o almirante Almir Garnier possuem um prazo maior e podem se manifestar até esta sexta-feira (7).