
Depois de Relações Exteriores, PL mira em Direitos Humanos e Povos Originários

Após garantir o comando da Comissão de Relações Exteriores com Eduardo Bolsonaro (PL), o Partido Liberal (PL), agora busca ampliar seu espaço na Câmara dos Deputados e mira a presidência de outras comissões estratégicas, incluindo Direitos Humanos e Povos Originários. O movimento acendeu um alerta no governo Lula, que teme perder influência sobre pautas sensíveis.
Com a maior bancada da Casa, somando 92 deputados, o PL tem prioridade na escolha dos colegiados e quer assegurar posições-chave para reforçar seus embates ideológicos. Além da Comissão de Relações Exteriores, a legenda tem como segunda prioridade a Comissão de Saúde, considerada estratégica pelo volume de emendas parlamentares destinadas ao setor.
No entanto, com direito a presidir até seis comissões, o partido quer avançar sobre temas tradicionalmente associados à esquerda. A Comissão de Direitos Humanos, por exemplo, tem sido vista pelo PL como um espaço para confrontos ideológicos, e sua presidência pode representar um avanço para a agenda conservadora no Congresso.
Outra disputa envolve a Comissão de Amazônia e Povos Originários, criada nesta legislatura e atualmente sob comando do PT. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, argumenta que o partido tem legitimidade para presidir o colegiado, destacando a presença da deputada indígena Silvia Waiäpi (PL) em sua bancada.