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Redação 07 de Fevereiro, 2025
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“Dizer que foi golpe? Golpe tem que ter líder”, diz Hugo Motta sobre 8 de Janeiro

Política
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Redação 07 de Fevereiro, 2025

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira (7), que os atos de 8 de janeiro de 2023 foram uma “agressão inimaginável” às instituições democráticas, mas negou que tenha havido uma tentativa de golpe de Estado. Segundo o parlamentar, as invasões ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal foram protagonizadas por “vândalos e baderneiros”, sem uma liderança clara e sem o apoio necessário para um movimento golpista.

“O Brasil não pode admitir que algo assim aconteça novamente. Foi uma agressão às instituições, algo inimaginável. Mas dizer que foi golpe? Golpe tem que ter um líder, uma pessoa que estimule e o apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas. Isso não aconteceu”, declarou Motta em entrevista à rádio Arapuan FM.

O presidente da Câmara ressaltou que as instituições responderam de maneira rápida e firme, garantindo a continuidade do funcionamento dos três Poderes. “O Congresso estava funcionando na outra semana, o Supremo estava aberto, o Palácio do Planalto da mesma forma. Então, a resposta foi dada”, disse.

Motta também criticou o que chamou de “desequilíbrio” em algumas condenações relacionadas aos atos. Para ele, é fundamental punir os responsáveis pelos atos de vandalismo, mas sem excessos em relação às penalidades aplicadas a manifestantes que não cometeram atos violentos. “Não se pode penalizar uma senhora que passou na frente do Palácio, não fez nada, não jogou uma pedra, e recebeu 17 anos de pena em regime fechado. Há um certo desequilíbrio nisso”, pontuou.

O presidente da Câmara defendeu que os responsáveis diretos pela depredação sejam responsabilizados, mas destacou a necessidade de uma abordagem justa. “Temos que punir as pessoas que foram lá, que quebraram, que depredaram. Essas pessoas precisam e devem ser punidas para que isso não aconteça novamente. Mas também entendo que não dá para exagerar no sentido das penalidades com quem não cometeu atos de tanta gravidade”, concluiu.