
Eduardo Bolsonaro diz que viagem de senadores aos EUA está “fadada ao fracasso”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou na terça-feira (22), que a comitiva de senadores que pretende viajar aos Estados Unidos para negociar a suspensão da tarifa de 50% imposta por Donald Trump a produtos brasileiros está “fadada ao fracasso”.
Em nota publicada nas redes sociais, Eduardo destacou que a iniciativa do Congresso brasileiro não fala em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Diante da formação de uma comitiva de senadores brasileiros que pretende vir aos Estados Unidos para tratar da Tarifa-Moraes imposta pelo presidente Trump, registro de forma categórica e inequívoca que tais parlamentares não falam em nome do Presidente Jair Bolsonaro”.
O parlamentar disse ainda que a viagem ignora o “cerne da crise institucional” no Brasil. “Essa iniciativa me parece seguir o padrão de sempre: políticos que visam adiar o enfrentamento dos problemas reais, vendendo a falsa ideia de uma “vitória diplomática” enquanto ignoram o cerne da questão institucional brasileira”, disse Eduardo.
O filho do ex-presidente, Jair Bolsonaro, também questionou o apoio de parlamentares aliados do governo à missão diplomática.
“Buscar interlocução sem que o país tenha feito sequer o gesto mínimo de retomar suas liberdades fundamentais – como garantir liberdade de expressão e cessar perseguições políticas – é vazio de legitimidade. O constrangimento se agrava com a presença de senadores ligados ao partido de Lula, político que sistematicamente adota posturas hostis aos EUA”, afirmou Eduardo Bolsonaro.
O deputado declarou que até simpatiza com a viagem da comitiva, mas apenas para que os parlamentares constatem que não haverá diálogo com os norte-americanos sem uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro.
“Reafirmo que não tenho qualquer vínculo com essa iniciativa parlamentar, fadada ao fracasso. Mas confesso até simpatizar com a idéia de que venham: não por acreditar que terão sucesso, mas porque poderão constatar que aquilo que eu e Paulo Figueiredo temos dito – não há sequer início de discussão sem anistia ampla, geral e irrestrita”, concluiu Eduardo.