Eliete Paraguassu acusa Câmara Municipal de perseguição

A vereadora Eliete Paraguassu (PSOL) afirmou, durante entrevista, que tem sido alvo de perseguição política e ataques pessoais dentro da Câmara Municipal de Salvador. Segundo ela, a tribuna popular teria sido utilizada para hostilizá-la e acusações sem provas feitas por colegas parlamentares.

De acordo com Eliete, um dos casos mais graves ocorreu quando uma pessoa condenada após processo movido pela própria vereadora utilizou a tribuna por 20 minutos para atacá-la. Em seguida, outros três vereadores reforçaram as críticas. “Isso nunca aconteceu na Câmara de Salvador, mas comigo aconteceu”, declarou.

A parlamentar afirma ainda que solicitou uma tribuna popular para mães atípicas e esperou quase quatro meses para que o pedido fosse aprovado. No entanto, segundo ela, a mesma figura envolvida nas críticas teve acesso ao púlpito em duas ocasiões no intervalo de menos de um mês. Em um dos episódios, teria conseguido autorização em poucas horas após um desentendimento com o ex-marido da vereadora.

Paraguassu critica também a atuação do Conselho de Ética da Casa. Ela afirma que parlamentares chegaram a fazer acusações graves, como suposto desvio de recursos, e que o órgão não tomou providências. “Foram homens, em sua maioria brancos, dizendo que eu precisava ser investigada. Isso é violência de gênero e o Conselho de Ética não viu”, afirmou.

Por outro lado, segundo a vereadora, quando ela apresentou denúncias relacionadas às agressões que diz sofrer, o processo foi aberto rapidamente e suas provas e argumentos foram desconsiderados. “É uma orquestração para tentar apagar minha história, para dizer que eu não presto. Mas o mandato popular está de pé. Não vão me silenciar”, completou.

 

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