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Redação 13 de Novembro, 2025
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Ex-presidente do INSS no governo Lula recebia R$ 250 mil por mês em propinas, diz PF

Política
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Redação 13 de Novembro, 2025

Investigações da Polícia Federal apontam que o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, recebia até R$ 250 mil mensais em propinas de um esquema de desvios de pensões e aposentadorias. Stefanutto foi preso nesta quinta-feira (13), durante uma operação que apura fraudes bilionárias no órgão.

De acordo com as investigações, o ex-dirigente, que comandou o INSS durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seria uma das peças centrais da organização criminosa que movimentou mais de R$ 640 milhões entre 2017 e 2023. O grupo utilizava convênios firmados com o instituto para operacionalizar descontos fraudulentos em folha de pagamento de aposentados e pensionistas.

Um dos principais instrumentos usados pelo esquema era a Conafer, entidade conveniada ao INSS para prestar serviços a beneficiários mediante autorização, que, segundo a PF, era falsificada. As fraudes envolviam falsificação de fichas de filiação, manipulação de cadastros e o uso de empresas de fachada para ocultar os valores desviados.

Documentos enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontam que Stefanutto autorizava repasses sem comprovação de filiação e mantinha interlocução com operadores financeiros do grupo. Mensagens interceptadas pela PF e planilhas apreendidas indicam repasses sistemáticos ao ex-presidente, que teriam sido feitos até por meio de uma pizzaria.

A investigação mostra ainda que os aposentados eram procurados sob o pretexto de cancelar descontos, mas acabavam assinando documentos que, na prática, eram utilizados para autorizar novas cobranças indevidas.