Clima
Min 20ºc - Max 29ºc Salvador
Calendário
sábado, 23 de Agosto, 2025
Redação 01 de Agosto, 2025
Icone - Autor

Gleisi Hoffmann critica Trump por sanção a Moraes e diz que Netanyahu deveria ser alvo

Política
Icone - Autor
Redação 01 de Agosto, 2025

Ministra também defendeu atuação do supremo

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu duramente à decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar a Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Para Gleisi, o verdadeiro alvo da medida deveria ser o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por conta do “massacre desumano em Gaza”.

“Nenhum país tem o direito de agir como dono do mundo, mas se Trump quisesse mesmo punir o terrorismo, o genocídio e os ataques aos direitos humanos, devia usar a Lei Magnitsky contra seu parceiro Netanyahu”, escreveu a ministra em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).

A declaração foi feita após o governo norte-americano anunciar na quarta-feira (30) a aplicação da norma contra Moraes, sob a justificativa de sua atuação no inquérito que apura uma suposta trama golpista liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Gleisi também defendeu a atuação do Supremo Tribunal Federal, afirmando que o ministro Alexandre de Moraes tem seguido o devido processo legal. “Os réus tiveram garantia do contraditório e direito de defesa, que entra agora na fase de alegações finais antes do julgamento. É assim que funciona a Justiça, algo que nem Trump nem Bolsonaro querem aceitar”, afirmou.

A sanção imposta a Moraes gerou reação também do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que classificou como “inaceitável” a interferência norte-americana no Poder Judiciário brasileiro. Segundo Lula, o Brasil é um país “soberano e democrático” e não aceitará esse tipo de ingerência.

A Lei Magnitsky é um instrumento jurídico dos Estados Unidos com alcance extraterritorial, utilizado para punir indivíduos e entidades envolvidas em corrupção e violações graves de direitos humanos fora do território americano.