Governador do Rio acusa governo Lula de negar apoio em megaoperação: “Estávamos sozinhos”
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta terça-feira (28), que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recusou três pedidos de ajuda para operações policiais no estado, deixando o Rio “sozinho” na ação nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou na morte de pelo menos 64 pessoas e 81 presas.
“Tivemos pedidos negados 3 vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente é contra a GLO. Cada dia uma razão para não estar colaborando”, disse Castro, em referência à Garantia da Lei e da Ordem (GLO), operação que permite o uso das Forças Armadas em segurança pública em situações excepcionais.
O governador classificou a operação desta terça como “estado de defesa”, afirmando que a ação “ultrapassa os limites da segurança pública estadual”.
“O estado está fazendo a sua parte, sim, mas quando se fala em exceder, exceder inclusive as nossas competências, já era para estar tendo um trabalho de integração muito maior com as Forças Federais, o que nesse momento não está acontecendo”, completou Castro.
Em resposta, o Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que mantém atuação contínua no estado desde outubro de 2023 por meio da Operação Nacional de Segurança Pública, vigente até dezembro de 2025, com possibilidade de renovação.
O ministério ressaltou ainda que atende prontamente todos os pedidos do governo estadual para emprego da Força Nacional e informou que a Polícia Federal realizou 178 operações no Rio este ano, sendo 24 delas voltadas ao combate ao tráfico de drogas e armas.