
Hilton Coelho defende nova eleição na Alba após afastamento de Adolfo Menezes

O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), afirmou, nesta segunda-feira (10), que a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) tem o dever moral e ético de refazer o processo eleitoral para a presidência da Casa. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Se Ligue Bahia, da Itapoan FM, após o Supremo Tribunal Federal (STF), determinar o afastamento de Adolfo Menezes (PSD), da presidência da Alba.
Hilton, autor da ação que levou à decisão do STF, criticou a condução da eleição que garantiu o terceiro mandato consecutivo de Menezes e disse que a Casa ignorou alertas sobre a ilegalidade do processo. “O que se fez na Assembleia Legislativa foi uma tentativa de rasgar a decisão do STF sobre a reeleição de presidentes dos parlamentos. Isso foi feito com a cumplicidade de todos os partidos e parlamentares, exceto o nosso. A sessão foi conturbada, e sequer tive direito à fala para defender minha candidatura”, afirmou.
O parlamentar destacou ainda que o Tribunal de Justiça da Bahia, negou liminar impetrada pelo PSOL antes da eleição, o que levou a sigla a recorrer ao STF. “Nós tentamos a impugnação da candidatura de Adolfo Menezes desde o início, mas a Assembleia não reconheceu. Agora que está incontestável, a Casa precisa refazer o processo eleitoral”, defendeu.
Com o afastamento de Menezes, a presidência interina da Alba ficará com a deputada Ivana Bastos (PSD), mas Hilton alerta que essa solução não é suficiente. “ A Assembleia Legislativa tem duas escolhas: Ou ela reconhece que executou um processo ilegal, ainda que tenha sido informada sobre isso, que a nossa questão de ordem, ao meu ver, foi muito explícita. Não é à toa que o ministro Gilmar Mendes, julgou com tanta celeridade. Ou a Assembleia Legislativa faz a sua autocrítica ou ela permanece no erro da intransigência da posição antidemocrática e simplesmente finge que nada aconteceu e não realiza novas eleições. Eu acho que a Assembleia não deve correr nesse erro. Eu acho que os deputados, o conjunto dos deputados, à exceção, obviamente, do nosso mandato, mas o conjunto dos deputados precisa ter a firmeza de dizer erramos, está provado que erramos e vamos fazer outro processo eleitoral”.