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Redação 26 de Abril, 2025
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INSS: Entidades sindicais investigadas pela PF têm conexões com partidos políticos e governo

Política
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Redação 26 de Abril, 2025

As entidades sindicais investigadas pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) por descontos indevidos em benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) têm conexões políticas com partidos como PT, PDT, PSB e MDB. O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, demitido do cargo durante a operação, é filiado ao PSB. 

Entre as investigadas, está a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), presidida por Aristides Veras dos Santos, irmão do deputado Carlos Veras (PT-PE). A Contag é a entidade que mais recebeu recursos via descontos em fevereiro, movimentando R$ 36,5 milhões, segundo informações da Folha de S.Paulo, divulgadas na sexta-feira (25).

“É um erro grosseiro colocar a Contag no mesmo patamar de instituições que têm realizadas ações com fortes fingidas de irregularidades e outras que, inclusive, a própria Contag e algumas de suas federações filiadas, já informaram os desmandos realizados e que configuram fraudes”, disse, em nota, a entidade sindical.

Outra entidade sob investigação é o Sindiapi (Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), que tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula (PT). O sindicato viu o número de associados saltar de 8,9 mil para 207 mil em pouco mais de dois anos.

“Não fomos intimados, não tivemos busca e apreensão em nenhuma das mais de 80 sedes do Sindiapi no país todo. Estranho essa alegação de termos sido alvos da PF e não tive nada. A entidade apoia integralmente as investigações sobre eventuais irregularidades nos descontos aplicados sobre os benefícios dos aposentados”, disse por meio de nota O presidente do sindicato é Milton Cavalo, dirigente do PDT, partido do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

As suspeitas recaem sobre 11 entidades que, juntas, responderam por 60% dos descontos em benefícios de aposentados. O prejuízo estimado pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A apuração ainda irá determinar qual parte dos descontos foi aplicada de forma ilegal.