Jerônimo rebaixa aliados e os coloca no quarto escalão
Festejado como o novo grande articulador da política baiana, o governador Jerônimo Rodrigues impôs uma verdadeira humilhação a aliados que saíram derrotados das eleições de 2024, ao nomeá-los para cargos no quarto escalão da sua gestão.
A principal penalizada foi a ex-secretária de Saúde e Educação, Adélia Pinheiro (PT). Derrotada na disputa pela prefeitura de Ilhéus, Adélia esperava retornar ao comando de alguma secretaria. No entanto, após meses de isolamento promovido por Jerônimo e seu núcleo próximo, acabou sendo alocada em um cargo discreto na assessoria da Casa Civil — um claro prêmio de consolação.
Outro nome jogado para escanteio foi o do ex-prefeito de Amargosa, Júlio Pinheiro (PT). Apontado como uma das promessas da renovação petista, Júlio também foi nomeado para um cargo na assessoria da Casa Civil, ao lado de Adélia. Mesmo tendo conseguido eleger seu sucessor no município, não foi contemplado com nenhum posto de relevância no governo estadual.
Na mesma linha, o ex-vereador de Salvador e sindicalista Tiago Ferreira (PT) foi acomodado em uma das pastas da administração estadual, em mais um exemplo de nomeação de baixo clero.
As decisões contrastam com a estratégia do governador Jerônimo Rodrigues e de seu secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, que têm preferido prestigiar antigos aliados de ACM Neto (UB) com cargos de destaque. É o caso, por exemplo, do atual secretário de Agricultura, Pablo Barrozo.
