João Roma critica decisão do STF e afirma que Bolsonaro sofre perseguição política
João Roma, ex-ministro da Cidadania e presidente do PL na Bahia, criticou nesta terça-feira (25) a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para Roma, o processo teria sido “de cartas marcadas”, com resultado já definido antes do julgamento.
“Não se trata de julgamento, mas de vingança política, algo sem precedentes na história do Brasil. O processo foi apenas para dar um ar de Justiça, mas todo mundo já sabia qual era o resultado que eles queriam: a condenação de Bolsonaro, que vem sendo vítima de uma perseguição que só se vê em países autoritários”, afirmou Roma.
O dirigente também destacou que Bolsonaro, segundo ele, não foi condenado por corrupção ou desvio de recursos, diferentemente de antigos aliados do PT que, segundo Roma, retornaram ao poder apesar de escândalos comprovados. Ele criticou o STF por manter a prisão em um momento em que Bolsonaro enfrenta problemas de saúde.
Roma ainda acusou a Corte de agir com “viés ideológico” e comparou o tribunal brasileiro a instâncias de regimes autoritários. Segundo ele, a intenção seria atingir não apenas Bolsonaro, mas todo o movimento político que representa, tentando criminalizar um projeto que, na visão dele, reflete os valores de milhões de brasileiros.
“Estamos vendo decisões que lembram tribunais de regimes autoritários. O Supremo, que deveria pacificar a nação e defender a Constituição, virou palco de posições ideológicas radicais. Isso não fica atrás do tribunal montado por Hugo Chávez na Venezuela”, disse.
A decisão do STF foi confirmada pelo ministro Alexandre de Moraes, encerrando oficialmente o processo contra Bolsonaro por tentativa de golpe, com início do cumprimento da pena na sede da Polícia Federal em Brasília.