
Jorge Araújo crítica governo Jerônimo por cobrança em restaurantes populares e cita avanço da fome no estado

O vereador Jorge Araújo (PP) criticou o governo da Bahia pela cobrança de R$ 2 nas refeições oferecidas pelos restaurantes populares administrados pelo Estado. Durante a sessão desta terça-feira (14) na Câmara Municipal de Salvador, o edil classificou a situação como “inadmissível” e afirmou que a medida contrasta com o discurso do governo de cuidar do povo baiano.
O vereador citou dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC 2024), divulgada pelo IBGE em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, que apontam que 2,115 milhões de lares baianos, onde vivem cerca de 5,8 milhões de pessoas, enfrentam algum nível de insegurança alimentar.
“São pessoas que tomam café e não sabem se almoçam e se almoçam não sabem se jantam. E isso é preocupante, é alarmante e tem que se fazer uma coisa o mais rápido possível”, disse Araújo.
O vereador comparou a política estadual com as ações da Prefeitura de Salvador, destacando que o município oferece 4 mil refeições gratuitas por dia nos restaurantes populares da capital. “É inadmissível que esse Estado que diz que gosta de gente, que ama o povo, tenha dois restaurantes e que ainda cobre para o cidadão que não tem nada, ainda pagar para comer”, afirmou.
Além da questão do combate à fome, Jorge Araújo também mencionou problemas na segurança pública, citando o caso recente de uma delegada sequestrada na porta de casa, e cobrou mais atenção do governo estadual às demandas sociais.
“É preciso que alguém faça alguma coisa urgente e o mais rápido possível. Mas a única preocupação do governo é saber se [ACM] Neto é candidato ou não. Eu não sei que preocupação é essa do governo, que deveria arregaçar as mangas e trabalhar para quem mais precisa e para quem mais necessita. Dois milhões de baianos, de famílias, porque se você for multiplicar aí, misericórdia, dá mais de 34% da população que está com insegurança alimentar”, concluiu o vereador.