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Redação 12 de Dezembro, 2025
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Lula e Maduro discutem paz em meio à pressão crescente dos EUA sobre a Venezuela

Política
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Redação 12 de Dezembro, 2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, conversaram por telefone na semana passada sobre “a paz na América do Sul”, segundo informou o Palácio do Planalto à AFP nesta sexta-feira (12). O diálogo ocorre em meio ao aumento da pressão dos Estados Unidos, que acusam Maduro de comandar um cartel do narcotráfico e intensificaram ações militares e econômicas contra Caracas.

Washington ampliou recentes operações no Caribe, incluindo o bombardeio de embarcações ligadas ao transporte de drogas próximo à costa venezuelana. A ofensiva reforça o isolamento internacional de Maduro, reeleito em julho de 2024 em eleições cujo resultado não foi reconhecido oficialmente pelo Brasil.

De acordo com uma fonte da Presidência, a conversa entre Lula e Maduro foi “rápida” e tratou também da situação no Caribe. A mesma fonte afirmou que Lula não tem intenção de atuar como mediador da crise entre os Estados Unidos e a Venezuela.

Os EUA vêm ampliando sanções e movimentações militares para pressionar Maduro. Em entrevista recente, o presidente americano, Donald Trump, declarou que os dias do líder venezuelano estão “contados”. Maduro rebate as acusações, afirmando que Washington tenta promover uma “mudança de regime” para controlar as reservas de petróleo venezuelanas.

Na quinta-feira (11), Lula relatou que também conversou com Trump por telefone na última semana, defendendo uma postura pacifista na região. “Eu falei: ‘Ô, Trump, nós não queremos guerra na América Latina. Nós somos uma zona de paz’”, afirmou Lula, durante evento em Belo Horizonte (MG).

Segundo o presidente brasileiro, Trump respondeu mencionando seu poderio militar: “Mas eu tenho mais armas, eu tenho mais navios, eu tenho mais bombas”.

Lula disse ter insistido no caminho diplomático. “Eu falei: ‘Cara, eu acredito mais no poder da palavra do que no poder da arma. […] Vamos acreditar que a palavra, diplomaticamente, é a coisa mais forte pra gente resolver os problemas’”.